Manifestantes
marcham em Londres contra saída do Reino Unido da União Europeia
- 02/07/2016 11h58
- Brasília
Mariana
Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
A chamada Marcha AntiBrexit foi
convocada pelas redes sociais. Na página do Facebook, aqueles que participaram
da marcha postaram fotos e vídeos defendendo a permanência na UEAgência
Lusa/Direitos Reservador
Milhares de pessoas se reuniram
em Londres em manifetação contra a decisão pela saída do Reino Unido da União
Europeia (UE). A chamada Marcha AntiBrexit foi convocada pelas redes sociais.
Na página do Facebook, aqueles que participaram da marcha postaram fotos e
vídeos defendendo a permanência na UE.
Com 52% dos votos a favor em
referendo, o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia (UE) após 43 anos de
participação no bloco. A taxa de participação no referendo foi de 71,8%, a
maior em votações no Reino Unido desde 1992.
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Londres está entre os locais que
votaram majoritariamente pela permanência na UE, junto com Escócia e Irlanda do
Norte. Já Inglaterra e Gales apoiaram majoritariamente o chamado Brexit, a
saída do bloco.
Entre as publicações na rede
social, há o argumento de que permanecer na UE significa lutar pela inclusão e
humanidade. "Somos mais de 40 mil dizendo sim para a UE", diz um
usuário. A página recebeu manifestações contrárias. Um internauta diz que a
marcha é uma demonstração contra a democracia: "Realmente triste, se eles
amam tanto a União Europeia, então vão viver lá!".
O Reino Unido faz parte da
Comunidade Europeia desde 1973, mas sempre manteve algumas posições, como a de
não aderir ao euro – mantendo como moeda nacional a libra –, e de não aderir ao
Acordo Schengen, tratado de livre circulação de pessoas em territórios
europeus.
Entre os que defendem a saída do
Reino Unido da União Europeia, um dos principais argumentos é econômico. Eles
afirmam que, com o Brexit, o Reino Unido ficaria livre para estabelecer
relações comerciais com outros países, por exemplo, a China. Os favoráveis ao
Brexit afirmam que a taxação sobre as exportações para países de fora da UE é
extremamente alta.
Além disso, a saída poderá
permitir a alteração das políticas de migração e a criação de um regulamento
próprio para a entrada de refugiados. Esse último ponto é polêmico e teve peso
na votação, em um momento de grave crise migratória e em que os países europeus
não conseguem chegar a um acordo sobre como deve ser a política para os
refugiados.
Edição: Talita
Cavalcante
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