Estudar
em Porto, Portugal: Saiba como é a experiência
Por Redação do Estudar Fora
Estudar
em Porto, Portugal: Saiba como é a experiência
Por
Vivian Carrer Elias
Muitas vezes, ao planejar o seu
intercâmbio, o estudante deseja que essa experiência também inclua o
aprendizado de uma nova língua. Por isso, muitos deixam de cogitar Portugal
como uma das opções de destino.
No entanto, existem muitos
motivos motivos para incluir o país na lista de possíveis locais para o
intercâmbio. Entre eles, custo de vida baixo, lindas paisagens, vida cultural
intensa e gastronomia rica.
As principais cidades
universitárias de Portugal são Lisboa, Coimbra e Porto. Esta última é conhecida
pela faixa litorânea, a arquitetura colorida e o seu centro histórico,
considerado Patrimônio Mundial pela Unesco. É a segunda maior cidade de Portugal,
atrás somente de Lisboa, e possui intensa vida cultural, mas sem perder a
tranquilidade de uma cidade de 230 000 habitantes.
Se compararmos com São Paulo, que
é a minha cidade, é um lugar pequeno, mas trata-se da segunda maior cidade de
Portugal e lá tem muita coisa pra se fazer.
Ficou interessado? Confira a
experiência de duas brasileiras que foram estudar no Porto durante a
graduação:
Mariane de Mello, 26 anos. É
formada em nutrição pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e, em 2010,
cursou um semestre da faculdade na Universidade do Porto.
“Minhas aulas foram todas em
português e, como eu tive a liberdade de escolher as disciplinas que iria
cursar, optei justamente por aquelas que mais deixaram a desejar na minha
graduação no Brasil. Achei as aulas eram muito boas. Algumas com recomendações
e enfoques diferentes ao que estava acostumada, devido à cultura alimentar de
cada país. Os alunos eram bem interessados.
Apesar de as aulas terem sido em
português, no início tive dificuldade para compreender tudo o que estava sendo
abordado por causa do sotaque, mas logo fui me acostumando com a “nova” língua.
É engraçado, mas em Portugal assisti a uma disciplina sobre alimentação e diabetes,
assunto que foi o tema do meu mestrado alguns anos depois. Mas, na época, eu
nem pensava em aprofundar os estudos nessa área.
Eu gostei muito de estudar no
Porto. Os cidadãos de lá levam uma vida simples e com muita qualidade. É uma
mistura de cidade com a calmaria do interior e a paisagem litorânea. Tem
lugares muito bonitos, considerados patrimônio da humanidade e uma vista
incrível da Ribeira. E tem a vantagem dos costumes alimentares não serem tão
diferentes dos nossos. As pessoas são educadas e no geral te tratam bem e
sempre há um brasileiro por perto.
O intercâmbio me proporcionou a
experiência de ver o mundo de um local diferente do globo. O que parece ser
simplesmente um deslocamento geográfico, muda a forma como vemos e pensamos o
mundo. Tive contato com outra cultura, outros problemas sociais e políticos e,
apesar das diferenças, percebo que as semelhanças se sobressaem.”
Andrea Galvão, 24 anos, estuda
direito na PUC de São Paulo. Em 2014, ela cursou um semestre da graduação na
Universidade Católica Portuguesa, no Porto.
“A universidade em que fui
estudar no Porto tem currículo internacional, então, mesmo sendo em
Portugal, oferece aulas em inglês. Assim, eu tive essa experiência de viver em
um país que fala a minha língua, mas exercitei um novo idioma.
As disciplinas que cursei eram
voltadas para direito internacional, que é a minha área de interesse. Assim,
mesmo eu tendo cursado elas na Europa, posso aplicar esses conhecimentos no
Brasil.
Eu gostei muito do Porto. Se
compararmos com São Paulo, que é a minha cidade, é um lugar pequeno, mas
trata-se da segunda maior cidade de Portugal e lá tem muita coisa pra se fazer.
Há inúmeras atividades culturais por lá e quase tudo é próximo, então é fácil
se locomover. No centro da cidade, você consegue fazer tudo, desde ir em lojas
até uma balada. A minha universidade ficava ao lado da praia, então era muito
bom ter esse contato diário com o mar.
Com a minha experiência por lá,
ao voltar para o Brasil, consegui entrar em um grupo de estudos da PUC sobre direito
internacional, com o qual consigo contribuir a partir do que aprendi na
Europa.”
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